5 em 1 de 2015
- Math Vinícius
- 30 de mar. de 2015
- 4 min de leitura

Nesse post falarei dos cinco livros que eu já li em 2015 e já deixarei em aberto qual será a minha primeira resenha aqui no blog. A sequência que irei listar não é necessariamente a sequência cronológica de leitura, mas, sim, por faixa etária talvez. Não é qualidade! Até vai ter um que eu não gostei mais pro meio da postagem.
Sem me estender demais, vamos à primeira indicação/leituras do ano.
Obs.: Serão recomendações/indicações/críticas, ou seja, não darei a minha sinopse, darei só o tema e as minhas impressões.
1. "Dragões de Éter - Caçadores de Bruxas", Raphael Draccon.

Sem dragões, mais contagiante.
A história, que mistura contos de fadas antigos com originalidade da imaginação de Draccon, conta a vida dos moradores de Arzallum, Nova Ether, plano etéreo. Narrado por um narrador nada comum, um bardo reconta, no começo, pequenos contos como "Chapeuzinho Vermelho" e "João e Maria", que serão nossos protagonistas em "Caçadores de Bruxas", o primeiro da trilogia. Esses contos são recontados tenebrosamente, nada de fofo, e assim criamos empatia com os personagens fazendo você ler só porque eles existem, eu sou um exemplo desse. Eu estava lendo o livro sem saber o por que, eu li apenas por causa da leveza e o bom-humor do bardo. Meu personagem favorito é o Snail, com certeza, você que vai ler vai descobrir por quê.
2. "Jogador Nº1", Ernest Cline.

Causando nostalgia ou não, você não pode dizer que não gostou.
Já tem resenha desse livro aqui no blog, mas mesmo assim irei dar minhas impressões.
Foi o primeiro que eu li no ano e foi um prato cheio pra começar 2015 com pé direito. Para quem nunca ouviu falar, "Jogador Nº1" conta a caçada a um easter egg do bilionário James Donovan Halliday numa realidade virtual, o jogo OASIS. No OASIS, você pode ser quem quiser e quando Jim Halliday morre, o seu testamento propõe uma caçada nessa realidade e Ernest Cline monta essa Caça usando um narrador personagem, chamado Wade/Parzival, com profundidade, tendo como virtudes o bom humor e a inteligência do caça-ovo. A história é bem rápida, leve, interessante e provoca uma curiosidade para o leitor descobrir o que foram os anos 80, que eu, por exemplo, não vivi.
3. "Por que Indiana, João?", Danilo Leonardi.

Bullying e polêmica virtual.
Segundo brasileiro, terceiro exclusivamente em 1ª pessoa, e último com narradores que falam.
A história agora é narrada por João Vitor Galeto, um adolescente que sofre bullying das piores maneiras no colégio em que estuda, em São Paulo. E, ao responder agressivamente o bully Guilherme sendo filmado acidentalmente pelo seu melhor amigo, ele vira um viral na internet. O livro é bem curto o que combina com um enredo bem ágil. Danilo não erra em nenhum ponto do texto. O tema é tratado sem que o narrador faça o juízo do leitor, quem lê sabe o que é certo e o que é errado na sociedade em que vive e entende as graves causas do bullying. É um livro bem didático, não tem o cunho de te impôr uma opinião, a narrativa te ajuda a discutir causas, consequências e soluções. Recomendado até demais.
4. "Quem é Você, Alasca?", John Green.

Vamos ser diretos e rápidos?
John Green, recebedor de um grande afã em 2012/13/14, com o lançamento do livro e do filme "A Culpa é das Estrelas" e agora vai ser impulsionado novamente com o lançamento de "Cidades de Papel" (Math prevendo o futuro), na minha opinião, não foi feliz na confecção da história que eu irei falar. Outro livro narrado por um ser consciente, porém não onisciente (como na primeira indicação). A história é narrada, infelizmente, pelo inteligente Miles Halter, que poderia ter criado uma empatia comigo, mas ele, a cada passo que dava, se afastava de ser um personagem interessante.
Apaixona-se loucamente por Alasca, uma adolescente irritantemente impulsiva, inteligente, desbocada... Cheia de predicados. E a partir daí a história fica tensa. O protagonista é um maria-vai-com-as-outras, sem personalidade nenhuma. No livro só salvo os trotes, que são com certeza o ponto alto do livro de estreia do João Verde.
5. "Morte Súbita", J. K. Rowling.

Mais hormônios adolescentes e uma dose exorbitante de jogo político.
O primeiro livro adulto de J. K. Rowling e, enfim, o único da lista que narrado em terceira pessoa.
Rowling narra o cotidiano em Pagford, depois que o conselheiro distrital Barry Fairbrother morre deixando uma vacância no conselho. Sendo assim, um dos rumos que o enredo vai tratar é o jogo político entre as pessoas que vão querer se candidatar ao Conselho por motivos pessoais e bem egocêntricos. Outro rumo vai tratar de como a vida dos moradores de Pagford mudou depois da morte súbita de Barry. E a última ramificação do enredo é o conflito pró-Fields e anti-Fields, que não vou me prolongar. As três ramificações convivem e Rowling arquiteta sua história muito bem. Os personagens adolescentes são bem profundos com ações justificáveis que julgam mentalmente ou incisivamente a hipocrisia dos personagens adultos.
A autora foi muito feliz (só ela, porque o livro é bem pesado e com um final bem...) com a estreia no universo adulto. Um livro profundo, com descrições maravilhosas, sem ser massante, com um desfecho que derruba qualquer um.
Bom pessoal, acaba por aqui! O sexto livro do ano é "A Batalha do Apocalipse", de Eduardo Spohr, outro brasileiro, o terceiro da lista. Já adianto que o livro é um pouco lento e massante, mas está sendo interessante a experiênicia. Mas o resto vocês aguardem em uma ou duas semanas eu termino e falo aqui. Aguardem!
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