"The Book Cover Tag" - para você que julga pela capa!
- Math Vinícius
- 6 de abr. de 2015
- 5 min de leitura
Impossível não julgar um livro pela capa, até porque é a primeira coisa que você vê em um livro. Eu, por exemplo, comprei "Divergente" por causa da capa, e, graças aos deuses, a história era boa, mas, se não fosse, eu já tinha gasto meu dinheiro mesmo.
No que a tag consiste?
Consiste em responder 5 perguntas sobre capas e suas influências na sua leitura. E a primeira pergunta é bem simples. Responde aí junto comigo!
1. Quais são suas 6 capas favoritas?
Considerei só as que estavam na minha estante. E levei em consideração o fato de que a capa tem que ter a ver com o conteúdo e não ser só uma obra de arte, apesar de que a primeira é uma obra de arte realmente!
6ª Capa: "Caçadores de Bruxas", Raphael Draccon, Editora LeYa.

Capa linda e concisa, tem o azul da capa original, mas junta todos os elementos que o livro requer, tem os irmãos João e Maria Hanson, a Chapeuzinho Vermelho, em seu traje tenebroso, e o navio do Capitão Gancho fazem todo sentido! Nova capa perfeita!
A capa foi feita por Renato Alarcão que eu já amava antes (para quem não conhece é o autor das capas brasileiras da primeira "temporada" de "Thes 39 Clues").
5ªCapa: "Jogos Vorazes", Suzanne Collins, Editora Rocco.

O contraste entre o preto do fundo e o dourado do tordo dão um toque sombrio necessário para a construção da história. E, mais, para não falar só do primeiro livro, a trilogia inteira tem capas coesas. E, se você analisar cada capa, o sentido da história está todo em cada uma, [SPOILER] a segunda capa tem o relógio lindo da Wiress e na terceira capa tem o círculo que prende o tordo em todos os livros se quebrando trás uma simbologia linda [FIM DO SPOILER].
Não descobri quem foi o responsável pela capa, mas foi uma jogada de mestre.
4ª Capa: "Quem é Você, Alasca?", John Green, Editora Intrínseca.

Já disse que não gosto desse livro, mas impossível não dizer que a capa da Intrínseca é linda. Feita pela "ô de casa", nem o logotipo ficou de fora da transformação! O i da editora recebeu o estilo esfumaçado que a fumaça do cigarro importa. Aqui volta o contraste! O preto e branco empregado não foge do sentido da história. Essa capa poderia ser usada como propaganda publicitária de "Diga não ao cigarro".
3ª Capa: "Morte Súbita", J. K. Rowling, Editora Nova Fronteira.

Vermelho, amarelo, branco e preto. Tudo fez sentido nessa capa. Para quem não sabe, a história gira em torno de uma votação no distrito de Pagford. E o que é a capa se não for uma cédula de votação? Não tenho mais o que dizer, essa é uma das capas mais bonitas e com mais sentido na minha estante.
2ª Capa: "Jogador Nº1", Ernest Cline, Editora LeYa.

A capa simplória de "Jogador Nº1" não foge em nenhum momento do tema, mérito à Retina 78. Tem um toque de modernidade no número 1 vazado da capa foi somado à fonte dos nomes do livro e do autor, com um estilo que vai agradar o gamer dos anos 80.
O que auxilia a melhorar a beleza dessa capa é de novo esse contraste entre o azul "claro" com um azul mais escuro para o preto.
Parabéns, Retina 78!
1ª Capa: "Inferno", Dan Brown, Editora Arqueiro.

Podem lançar pedras sobre mim em 3... 2... 1! Sim, porque ninguém gosta dessa capa além de mim! Se você parar para analisá-la, tem o Dante Alighieri na capa, o que ajuda na caracterização do homenageado, sobreposto com os níveis do Inferno, descrito pelo autor da "Divina Comédia". Tem Florença na capa também. E tem todos o pecados capitais, em latim, como marca d'água, se não me engano. Tudo isso com um cinza muito interessante. Acho que o responsável pela capa , Michael J. Windsor, merece sim o 1º posto do meu TOP 6.
2. Qual é a sua opinião sobre alteração de capas?
Vocês devem ter percebido que eu li "Quem é Você, Alasca?" e "Caçadores de Bruxas" em suas novas edições. Então eu não vejo problema desde que a capa seja bem feita. É jogada de marketing? Sim. Mas, por exemplo, as capas novas de "Percy Jackson e Os Olimpianos" são lindas e bem feitas, eu não tenho infelizmente. Dá para ver que rolou uma intenção de melhorar, as capas ficaram mais intesas e brilhantes. As primeiras eram muito foscas.
Em relação a capas de livro puxadas de posters de filme baseado no livro [bug no cérebro], eu vou sempre odiar, mas às vezes não tem como fugir. Continuando com "Percy", a capa de Mar de Monstros inspirado no poster do filme é decadentemente horrível! Nada combina com nada, tem muita informação.
3. Quão importante é a capa?
Essa pergunta é filosófica! Aí sim teríamos que julgar o livro pela capa. A capa é como se fosse a comissão de frente num desfile de escola de samba, se a comissão de frente não mostrar o enredo do samba, por mais simplória que seja, você vai ter que esperar que o carro abre-alas (o título e o autor) melhorem a situação. Eu queria comprar um livro brasileiro e, quando vi a capa de "Caçadores de Bruxas" citada anteriormente, eu pensei que necessitava e quando vi o nome da série e o nome do autor, eu falei que com certeza eu deveria comprar, porque tudo é muito lindo nessa nova edição. Tirando os clássicos, que não precisam de capa, os lançamentos e os livros mais atuais precisam de um portifólio chamativo ou instigante.
4. Quais são os estilos de capas que você mais gosta?
As contrastantes, óbvio. O escuro com o claro ressalta as coisas importantes. As capas azul claro com azul bem escuro de "Jogador Nº1" e vermelho e amarelo de "Morte Súbita" chamam muita atenção e são muito simples, mas, ao mesmo tempo, remetem ao núcleo da história. Na distopia de Ernest Cline ainda tem outro tipo de contraste! O "Retina 78" conseguiu captar constraste entre o moderno e o antigo, que também ressaltam o que há de importante na história.
5. Prefere sinopses longas ou pequenas?
Ótima pergunta e o interessante é que não formei opinião, porque "eu prefiro ser essa metamorfose ambulante do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo". Zoeirinha. Se as pequenas exprimirem o centro da história objetivamente, eu vou preferir as menores, mas não é o que acontece, tem muitas sinopses pequenas que você não encontra o tema explorado, ou o genêro, ou o por quê você não pode deixar de ler essa história. Nas grandes, existe aquele medinho de ter coisa demais. Eu até prefiro as sinopses da orelha, do que as sinopses da contra-capa. E odeio as sinopses que são uma parte do livro, uma parte do livro não vai evidenciar o que o livro trás, desde que ele não seja de uma série. Em "A Marca de Atena", o trecho foi de uma cena que me chamava muita atenção que era o encontro de Annabeth com Reyna.
Acabou por aqui. Acho que escrevi demais! Espero que tenham gostado e se gostou compartilha ae! Até a próxima segunda!
P.S.: Eu vi essa tag no vlog do Maurício, "Meu Livro e eu"! Segue o link das respostas dele: https://www.youtube.com/watch?v=GhhuknpGEpg

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